sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Você sabe o que é Intertextualidade? A intertextualidade pode ser definida como um diálogo entre dois textos. E texto no sentido amplo: um conjunto de signos organizados para transmitir uma mensagem, portanto, no mundo atual da multimídia, ela acontece entre textos de signos diferentes. Na literatura e, até mesmo nas artes, a intertextualidade é persistente, qualquer assunto que se refere a assuntos abordados em outros, é exemplo de intertextualização. Toda vez que uma obra fizer alusão (Referência explícita ou implícita a uma obra de arte) à outra ocorre a intertextualidade. Dentre a intertextualidade explícita, temos vários gêneros, como: epígrafe, citação, referência, alusão, paráfrase, paródia. Epígrafe - Constitui uma escrita introdutória a outra escrita. Citação: é uma transcrição de texto alheio, marcada por aspas. Paráfrase é a reprodução do texto de outrem com as palavras do autor. Ela não confunde com o plágio porque seu autor explicita a intenção, deixa claro a fonte. Paródia – é uma reprodução "distorcida" de um texto com o intuito de ironizar ou criticar Canção do Exílio Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar - sozinho, à noite - Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu´inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. Canto do regresso à pátria (Oswald de Andrade) Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos daqui Não cantam como os de lá Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra Ouro terra amores e rosas Eu quero tudo de lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte para lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte pra São Paulo Sem que veja a Rua 15 E o progresso de São Paulo Nova Canção do Exílio (Carlos Drummond de Andrade) Um sabiá Na palmeira, longe. Estas aves cantam um outro canto. O céu cintila sobre flores úmidas. Vozes na mata e o maio amor. Só, na noite, seria feliz: um sabiá, na palmeira, longe. Onde tudo é belo e fantástico. Só, na noite, seria feliz. (um sabiá na palmeira, longe.) Ainda um grito de vida e voltar para onde tudo é belo e fantástico: a palmeira, o sabiá, o longe. Uma Canção (Mário Quintana) Minha terra não tem palmeiras... E em vez de um mero sabiá, Cantam aves invisíveis, nas palmeiras que não há. [...] E. Sabiá (Tom Jobim e Chico Buarque) Vou voltar Sei que ainda vou voltar Para o meu lugar Foi lá e é ainda lá Que eu hei de ouvir cantar Uma sabiá Vou voltar Sei que ainda vou voltar Vou deitar à sombra De uma palmeira Que já não há Colher a flor Que já não dá E algum amor talvez possa espantar As noites que eu não queria E anunciar o dia Vou voltar Sei que ainda vou voltar Não vai ser em vão Que fiz tantos planos De me enganar Como fiz enganos De me encontrar Como fiz estradas De me perder Fiz de tudo e nada De te esquecer Vou voltar Sei que ainda vou voltar E é pra ficar Sei que o amor existe Não sou mais triste E a nova vida já vai chegar E a solidão vai se acabar E a solidão vai se acabar

Nenhum comentário:

Postar um comentário